quinta-feira, 24 de março de 2011

Ternura



"Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar
                                                                     [extático da aurora."

***
PS: Poesia que muitas vezes embalou meu coração apaixonado.
PS2: Criei um Tumblr. Olha.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dinheiro na mão é vendaval...

Leia ouvindo:
Paulinho da Viola - Pecado Capital


Nunca consegui economizar dinheiro. Nem cofrinho eu conseguia ter quando criança, sempre achava um pretexto para gastar as moedinhas. Dá pra contar nos dedos de uma mão as vezes que eu economizei dinheiro para comprar alguma coisa. Justamente por isso que hoje não nada (tirando meus livros), sou desapegada mesmo.

Aí a minha surpresa em achar dinheiro. Mas não pense que eu tenho sorte ou algo parecido (nem acredito nisso), eu já perdi muito dinheiro, e não foi no bingo clandestino. Na época em que eu fazia estágio em uma assessoria de imprensa, pelos idos do tempo do guaraná de rolha, recebia em dinheiro. Eis que aquele dia de pagamento, coloco minha grana toda (e nem era muito!) dentro de um porta-moeda que eu tinha e pego o busão pra ir para a faculdade. Chegando lá, quis fazer um lanche e tcharans! Cadê o porta-moeda? Sim, eu tinha perdido. Com todooo o meu rico dinheirinho lá dentro. Eu prefiro pensar que eu perdi, do que achar que alguém me roubou. 

Por isso a minha felicidade em achar dinheiro. Ainda não achei tudo o que eu perdi dentro do porta-moedas, mas vai que até o fim da minha vida, eu não recupero o prejuízo ein? Por isso dividi em cenas as minhas 'achadas' de moneys pela cidade, leiam aí:

Cena Um: Nos tempos do desemprego (metade do ano passado), fui um belo dia almoçar com a Ana Carol lá no Italy. Desci na Rui, peguei a XV, fui até o Correio antigo e cheguei. Daí decidimos almoçar no Mc da XV, ou seja, tinha que voltar tudo que eu já tinha andado. Tudo bem, adoro andar e sem compromisso com horário, então susse. Na metade do caminho, nós duas de papo, bem distraídas, eu vejo a uns cinco metros  uma nota de cem reais dobrada. Meu primeiro pensamento foi: 'é aquelas propagandas de empréstimo'. Não parei de falar com a Ana Carol e quando fui chegando perto, pensei 'bom, não custa pegar né'. Quando finalmente me aproximei, me abaixei, e muito desbaratinadamente coloquei a nota no bolso de trás da calça.
Acontece o seguinte diálogo:

Eu - Guria, acho que achei 100 pilas.
Ana - Capaz, é aquelas notas de propaganda.
Eu - Não, acho que é real.
Ana - Bom, deixa mocado aí no Mc a gente vê.

Chegamos no Mc e tcharans! Era uma nota verdadeira! Como eu estava sem trampo, o dinheiro caiu do céu!

***

Cena dois: Não trabalhei durante o primeiro ano da facul. Então, eu e a Fran íamos para a aula de tarde e ficavámos lá, estudando (juro). Como éramos pobres (continuo sendo) nunca tínhamos dinheiro pra fazer lanche (qntos cincão eu emprestei da galera e até hj nada o/), e um belo dia, andando os corredores da hoje UP, acho uns 40 e poucos dobradinho. Eis o diálogo.

Eu: Guriaaaa! Achei dinheiro.
Fran: Claro que não! É meu, eu vi primeiro.
Eu: Óbvio que não, eu vi primeiro.
(Ficamos uma meia hora nesse papo até decidirmos dividir, já que não chegamos a uma conclusão de quem viu primeiro).

***

Cena três: Um dia, fazendo faxina de ano novo (lá por junho) nas gavetas do meu guarda-roupa, acho 50 reais. Esse dia eu perdi o dinheiro de mim mesma, já que escondi e esqueci. O legal foi o que aconteceu no meio, o diálogo com meu pai. Ele entra no meu quarto um pouquinho antes.

Gato*: Filha, vc tem um dinheiro pra me emprestar? Só esse fim de semana, segunda te pago...
Eu: Vixiii pai, não tenho nada. (continuo mexendo nas coisas)
Gato: Então tá bom, sem problema.O que vc está fazendo? (eu olhando dentro de umas agendas antigas).
Eu: Nada pai, to aqui jogando uns papeis fora... 
Nesse momento, pula 50 reais de dentro de uma agenda. Foi muito engraçado a cara que o meu pai fez, pq a gente tinha falado de dinheiro na hora. Fiquei muito feliz e é claro, emprestei para ele né?
*Para quem não sabe, eu chamo meu pai de Gato.

***
PS: Gente, estou cansada de pensar em uma desculpa por não atualizar o Elo, então vou ser sincera. É preguiça mesmo. Mas vou me esforçar, tenho tantas novidades para contar! Carnaval, livros novos, cds novos. Tanta coisa, mas vamos por partes, como diria Jack, o EstripaZzzzzzzZZZzzzzz....
PS2: Meus dog days acabaram pessoal! Por isso pretendo aparecer mais por aqui tbém. Por isso a frase do meu guru e da Pri, Caio F., cai (sacou?) como uma luva: "Quem procura não acha. É preciso andar distraído e esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado". =D