domingo, 31 de julho de 2011

99 coisas que me irritam

1 - Perceber que o shampoo ou o condicionador acabou no meio do banho.
2 - Quando meus irmãos deixam um restinho de leite na caixa para não ter que abrir outra.
3 - As minhas roupas que não ficam dentro do meu guarda-roupa.
4 - Qndo vc faz uma tattoo e confunde o esparadrapo com fita crepe e a cola demora meses pra sair.
5 - Funk que não sai da cabeça.
6 - Quando vc não recebe uma mensagem há três dias daí a operadora lembra de vc.
7 - Pessoas que ainda te adicionam no Orkut.
8 - Gente que fala alto dentro do ônibus.
9 - Gente que anda de ônibus.
10 - Quando eu não acho o outro pé da meia.
11 - Qndo estou com uma meia furada e por algum motivo tenho que tirar o sapato na frente de todo mundo.
12 - Gente que me empurra quando eu passo.
13 - Qndo o Explorer trava e fecha as janelas da internet.
14 - Quando o msn trava no meio de uma conversa interessante.
15 - Dm's não respondidas.
16 - O adesivo do meu quarto que está descolando.
17 - Toalha nova que não seca.
18 - Água com gás.
19 - Meu pé maior que o outro.
20 - Meus braços compridos que não me permitem comprar vários casacos.
21 - Domingo no shopping.
22 - Um quadro que eu não pendurei.
23 - Verdades que eu nunca disse.
24 - Mentiras que eu já contei.
25 - Culpa cristã.
26 - Conversa de boteco que gira em torno de culpas cristãs.
27 - A igreja ao lado da minha casa.
28 - As pessoas que frequentam a igreja do lado da minha casa.
29 - A poça que eu tenho que desviar toda vez que chove.
30 - Lembrar que eu esqueci de passar desodorante no meio do caminho.
31 - Esquecer de carregar o celular e ficar o dia todo sem telefone.
32 - Fazer a unha e ao chegar em casa perceber que já está saindo o esmalte.
33 - Um livro que eu não tenho dinheiro pra comprar.
34 - Um livro bom que eu não quero que acabe.
35 - Alguém legal que não chega nunca.
36 - Alguém chato que não me esquece.
37 - Arrumar o quarto e não achar mais nada.
38 - Frascos de perfume que eu não jogo fora.
39 - Piriri depois do banho.
40 - Quando chove no meio da tarde e vc esqueceu o guarda-chuva.
41 - Quando faz sol durante o dia e vc está de pijama por baixo da roupa.
42 - Quando eu durmo sem sutien e fico com preguiça de colocar pela manhã.
43 - Frases de pseudo-efeito no status do Facebook.
44 - Sabedoria de power-point.
45 - Gente q fica séculos sem falar comigo e volta a falar, do nada.
46 - Cachorro latindo.
47 - Gente que não sabe os naipes.
48 - Gente que me olha com cara de espanto qndo eu digo que não acredito em deus.
49 - Derrubar o copo de cerveja e chorar com o desperdício.
50 - Toc toc do sapato de alguém no corredor.
51 - Canetas que somem qndo eu mais preciso delas.
52 - Programas humorísticos que subestimam minha inteligência.
53 - Gente que conversa no cinema.
54 - Bala que gruda na embalagem.
55 - Pasta de dente no final.
56 - Buzina.
57 - Uma música que eu não lembro o nome.
58 - O fato de eu não saber dirigir.
59 - O cabelo das vacas nas baladas.
60 - Fumaça de gelo seco.
61 - Senso comum.
62 - Preconceito.
63 - Gente desinformada. 
64 - Gente que nunca ouviu Beatles.
65 - O frio que eu sinto sempre.
66 - Foto de pessoas mostrado a língua.
67 - Foto de pessoas na frente do espelho.
68 - Aquela bala que vira chiclete e faz a gente salivar um monte.
69 - Roupa que escorrega do cabide quando vc está na loja e não consegue colocar de novo.
70 - Filme que sai de cartaz e vc não teve tempo de ir ao cinema.
71 - Fiapo de manga.
72 - A vap no domingo pela manhã.
73 - Acordar um minuto antes do celular despertar.
74 - Achar que domingo é segunda.
75 - Tic tac do relógio.
76 - Luz que entra por debaixo da porta.
77 - Molhar a meia.
78 - Chegar em casa com fome e não ter pão.
79 - O fato de eu ser tão parecida com a minha mãe.
80 - Espinha.
81 - O carnaval que não chega.
82 - Calças 36 que não me servem mais.
83 - A Madonna não ser mais aquela Madonna puta.
84 - A Fran ter me deixado duas horas esperando no terminal há 4 anos e chegar comendo um crepes.
85 - A minha ansiedade que faz eu queimar a língua.
86 - Fazer a mala.
87 - Desfazer a mala.
88 - Gente que anda com uma peça de roupa de cada estação e fica linda.
89 - Minha vida antes do meu pó da MAC.
90 - Gente que acha que o rock brasileiro tem solução.
91 - Os azulejos da minha cozinha.
92 - Minha irmã ser tão parecida comigo.
93 – Ter a sensação de estar sempre em segundo lugar.
94 - Me envolver com tanta facilidade.
95 - Acreditar no impossível.
96 - A falta de paciência que alguns tem comigo.
97 - Eu não cantar tipo a Adele.
98 - Não ter ido ver o Bowie na Pedreira.
99 - Pensar em uma lista com 99 coisas que me irritam.

***
PS: Mais sobre mim aqui e aqui.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ainda Amy

Leia ouvindo:


Não faz nem uma semana que Amy morreu. Durante esses dias, relembrei do show que eu fui dela em São Paulo, dos momentos com os bródes que estavam junto, das horas que passamos esperando para o show da nossa diva. Dali há algumas horas ela entraria (ou não, como saber?) no palco e iria arrasar no microfone. O show foi bom? Claro! O que valeu foi a emoção que eu senti ouvindo ela cantar "Black to back" com os olhos marejados, olhando pra cima, meio tonta. Emocionante.

Na verdade, faço esse update aqui no Elo por dois motivos que eu descobri durante a tarde. Primeiro: tenho quase certeza que a foto que eu ilustrei o post abaixo faz parte deste ensaio divulgado pelo site da Marie Claire, lindas imagens. Segundo: os pais da cantora deram uma entrevista para um jornal londrino dizendo que Amy morreu devido a uma crise de abstinência. Eles contaram que fazia três semanas que a filha deles não bebia e por isso seu corpo sucumbiu. Engraçado eles declararem isso, com este vídeo rolando na net onde ela aparece supostamente bêbada três dias ates de morrer.

Esta idiotice que os pais dela falaram me chocou mais que a notícia da morte da cantora. Me fez pensar naquele ditado que eu ouço desde criança "morreu virou santo". Da onde vem essa necessidade da família dela em declarar um absurdo desses? Ok, pode até ser, e quero acreditar nisso, que Amy talvez estivesse tentando se livrar dos seus muitos vícios. Mas aí sair falando que a filha deles morreu de abstinência é uma infâmia e um desrepeito com a imagem dela. Felizmente eu não sou tão ingênua assim e acredito que a maioria dos que me leem também não. 

Ainda bem que eu e outros fãs da Amy podem levar consigo a imagem daquela menina frágil e tímida que vimos no show em Sampa, pq se depender do que diz a família dela, sim ela virou santa.

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PS: Amanhã é sexta! Findes seu lindo! ;D
PS2: Veja aqui mais fotos como a que eu escolhi para ilustrar o post de hoje.

domingo, 24 de julho de 2011

Eu volto para o luto

Amy Winehouse - You know I'm no good

A morte da Amy Winehouse me fez refletir. Depois as piadinhas sem graça, (eu mesma fiz algumas, confesso) comecei a pensar na falta que um ídolo faz para nossa geração. Não estou falando de alguém que devemos idolatrar como um deus ou algo parecido. Mas daquele que nos faça sentir completos. Alguém que por meio de sua arte, toque nossos corações cibernéticos. Seja por meio da música, pintura ou qualquer outra forma de expressão. 

Acho que a comoção toda com a morte da Amy vem em uma época em que não temos mais nossos heróis. Ela não era exemplo de nada, mas com certeza se ela não tivesse feito o sucesso que fez, muitas outras cantoras não existiriam, entre elas a Adele. Desde a Janis, linda, louca e drogada, não existiu uma figura feminina tão controversa na música. Alguns vão se lembrar da Courtney Love, que é doida e noiada, mas querida, vc jamais será tão diva quanto Amy um dia foi.

Infelizmente nós que não vivemos os anos 60, 70 ou até os 80 nunca saberemos como é estar em uma época em que Bowies, Lennons e Morrisons faziam sucesso, ao vivo, naquele momento. Mas sabemos como foram os anos em que Amy nos acompanhou, e acreditem: foram os melhores, evah. Hoje eu chorei por você no chão da cozinha.

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PS: Obrigada por ter vindo para o Brasil. Ainda bem que eu te conheci antes disso tudo.
PS2: Amy morreu ontem (sábado) mas provavelmente você estará lendo isso hoje (domingo) mas para mim ainda é ontem (sábado) pq eu não dormi. 

domingo, 17 de julho de 2011

Tristeza de domingo

Leia ouvindo:

Bom, aí que eu ouço em pleno domingo que, toda a terapia que eu já fiz nesta vida foi pouca. Que bom. Não vem ao caso quem disse, o porquê, nem em qual circunstância. O fato é que existe uma "obrigação" em sermos e permanecemos felizes. Como assim? Eu que sempre fui dada às rebeldias, só de birra ficava emburrada para atazanar todo mundo, um lance de carência, para ficarem perguntando o que estava acontecendo, e eu respondendo: "nada, nada". E era exatamente isso. Nada. Mania que perdi com os anos, pq a tristeza que eu comecei a sentir passou a ser real, e aí pra quê fingir?

Enfim, o que eu quero dizer é que acho essa imposição (de estar sempre feliz) quase uma ditadura. E tudo aquilo que eu tenho que fazer obrigada, faço com ódio no coração. Tudo bem que às vezes, o que fazemos no dia a dia, não significa que fazemos felizes. Como andar de ônibus (a não ser que seja para encontrar os bróder no boteco) ou ir ao banco (salvo os dias que vc vai tirar dinheiro e ficar rica). É quase impossible manter o bom humor em todas as situações.

Concordo que ficar permanentemente infeliz e reclamando de tudo é chato e patológico. Se vc é assim, por favor, procure tratamento médico especializado. Existem dias bucólicos, nostálgicos e aqueles em que tudo dá errado. Saiba diferenciar e amadureça com esses sentimentos. A humanidade agradece.

É fato que domingos nos deixam tristes e mal humorados. Simples. As perspectivas da semana podem até trazer um sentimento bom. Mas vamos combinar: em 99% dos casos, o fato de acordar cedo faz que a deprê chegue em ondas.

Em tempo: tento com muito esforço, mas muito esforço meeesmo (chega a doer) não descontar meu humor e minhas tristezas nos outros. Quem me conhece sabe. Normalmente eu falo o que está acontecendo (o motivo pelo qual estou sentido aquilo) e 17 minutos depois já estou fazendo piada.

Reservo estes momentos para mim e meus travesseiros. Uma hora as coisas melhoram.

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PS: Não estou triste, é só um desabafo.
PS2: Foto de mili anos, de um dia que eu esqueci.
PS3: O "Leia ouvindo" voltou. Por enquanto.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Todas as horas em Paris

Meia-noite em Paris é uma festa. Assisti há uns dias o novo filme do Woody Allen, e claro, mexeu comigo de uma maneira que até agora não voltei ao normal. Mas também, como passar despercebida por aqueles lindos planos que o cineasta faz da Cidade Luz. Impossível.

Paris é um sonho, uma alegria, é aquilo que me faz levantar para trabalhar, pq eu sei que um dia eu estarei lá, caminhando por aquelas ruas, visitando os museus e tantos outros lugares incríveis. Minha vida já é uma festa, mas em Paris, a festa será interminável.

E como a vida é cheia de coincidências, meus livros da Sontag retornaram para minha casa, e esses dias eu estava folheando-os. Lembrei das aulas de foto aos sábados pela manhã para tentar me formar mais rápido, e de uma apresentação que eu fiz que, entre outros fotógrafos, falava sobre o Brassai. Isso antes da ida ao cinema e antes de saber disso. Um coração bate muito mais feliz. 

***

Ontem, dia 13 foi Dia do Roque (maaa oeee!). Aí que além de jogo do Brasil (zzzZZZzzz) e botequis negadis com os bróder, tentei me lembrar qual foi o primeiro rock que eu ouvi. Pensei, pensei e nada. Depois de muita reflexão, acho que as músicas do Raulzito são as primeiras que eu tenho lembrança de cantar (sim, eu não lembro das músicas da escolhinha, aliás eu nem fui pra escolhinha, fui pra escola direto). Enfim, já falei do Raul aqui ó.

O que eu quero dizer é que claro, ouvi (e ouço) rock, mas que não existe, pelo menos conscientemente, uma lembrança do meu primeiro rock. Loucura. Mas eu me lembro da primeira vez que eu ouvi Doors. Foi no filme, assisti sem saber que banda era. Tinha 15 anos. Já curtia Led e Beatles nesta época, mas minha vida mudou tanto depois desta sessão que imagino que se eu não tivesse ido, eu seria uma pessoa completamente diferente.

***

PS: Óbvio que a foto é do Brassai. Não consigo colocar trema no "i".
PS2: Post dois em um. Acontece muita coisa na minha vida gente. (mentira).

domingo, 3 de julho de 2011

O verdadeiro cobertor de orelha

Nas noites frias de Curitiba, a briga aqui em casa é por ele. O grande Seprocado. Esse é o nome do cobertor mais antigo, que claro, tem uma história curiosa. Minha mãe o comprou logo quando veio para cá, 30 anos atrás (isso mesmo!). Ele é de nailon, verde e lazarento de feio. Mas como é quentinho! 

Por anos ficou esquecido dentro de algum guarda roupa, sem ninguém dar bola. Quando eu comecei a acampar, ressuscitei ele. Por ser fácil de carregar, esquentava as noites frias dentro da barraca. Ficou desaparecido por um tempo, mas tornou a sua casa. Agora compartilha as noites geladas comigo, como é de nailon, não deixa o calor escapar. Pode fazer o frio que fizer, fico bem susse embaixo dele! Meu cobertor de orelha preferido!

Mas como assim, Seprocado? Dá onde veio este nome? Então, como eu disse, a mãe comprou o cobertor mili anos atrás, mas não teve como pagar. Assim, o nome dela foi para o Seproc, de tanto meu pai tirar sarro, virou Seprocado. 

***
PS: Chuva, chuva e mais chuva.
PS2: Na foto, o Seprocado, o computador, a janela e a chuva.