A morte da Amy Winehouse me fez refletir. Depois as piadinhas sem graça, (eu mesma fiz algumas, confesso) comecei a pensar na falta que um ídolo faz para nossa geração. Não estou falando de alguém que devemos idolatrar como um deus ou algo parecido. Mas daquele que nos faça sentir completos. Alguém que por meio de sua arte, toque nossos corações cibernéticos. Seja por meio da música, pintura ou qualquer outra forma de expressão.
Acho que a comoção toda com a morte da Amy vem em uma época em que não temos mais nossos heróis. Ela não era exemplo de nada, mas com certeza se ela não tivesse feito o sucesso que fez, muitas outras cantoras não existiriam, entre elas a Adele. Desde a Janis, linda, louca e drogada, não existiu uma figura feminina tão controversa na música. Alguns vão se lembrar da Courtney Love, que é doida e noiada, mas querida, vc jamais será tão diva quanto Amy um dia foi.
Infelizmente nós que não vivemos os anos 60, 70 ou até os 80 nunca saberemos como é estar em uma época em que Bowies, Lennons e Morrisons faziam sucesso, ao vivo, naquele momento. Mas sabemos como foram os anos em que Amy nos acompanhou, e acreditem: foram os melhores, evah. Hoje eu chorei por você no chão da cozinha.
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PS: Obrigada por ter vindo para o Brasil. Ainda bem que eu te conheci antes disso tudo.
PS2: Amy morreu ontem (sábado) mas provavelmente você estará lendo isso hoje (domingo) mas para mim ainda é ontem (sábado) pq eu não dormi.
PS2: Amy morreu ontem (sábado) mas provavelmente você estará lendo isso hoje (domingo) mas para mim ainda é ontem (sábado) pq eu não dormi.
Belo texto. Concordo com você. Na música, especificamente, somos, ora, órfãos de ídolos, ora, fãs de ídolos desnaturados. Pobres de nós e dos ídolos atuais. (@Alexandrinho)
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ResponderExcluirLálika, piadinhas sobre morte nunca são de bom tom né? mas, mesmo num enterro de parentes, chega uma hora que se resolve "descontrair". Lógico, nada deve ultrapassar a linha tênue do mau gosto.Porque, radicalismos sempre são sinais de violência psicológica, diria.
ResponderExcluirEu fiquei bem P da cara, com as piadas do ateismo de Saramago, na ocasião de sua morte e disparei uma série de unfollows. Certa? Errada? Não sei, mas foi radical.
Enfim, a Amy tem o legado da obra, obra que nem mais ela levava como importante para se manter viva, assim como aconteceu com os gênios dos 27.
Eu vejo algo mais grave nisso tudo, da dependência química ainda ser vista e tratada como sem-vergonhice,coisa de gente fraca e até, glamour.
Sempre lembro do profético Dom Corleone, na reunião com os outros "Dons" se recusar a fazer o tráfico de drogas, dizendo que isso mataria nossos filhos. E assim a guerra começou!
Acho que precisamos rever nossos ídolos. Tanta gente bacana, fazendo o bem, fazendo a coisa certa, espalhando o mais importante, que é o amor...e nos vemos nos deparando com idolatrias malucas, cada vez que morre um cantor jovem de overdose.
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