domingo, 28 de outubro de 2012

Nem tão Serena

Terminei outro livro do McEwan. Genial é a única palavra que acho para descrevê-lo sem cometer nenhuma injustiça. Serena parece tão comigo que em alguns momentos, eu achava que talvez tivesse sido espionada. Sensacional. Incrível.



"Gente que fala alto, especialmente as mulheres, sempre atraem inimigos."
Serena, Companhia das Letras, pág 58.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Sobre a volta do blog e solidão


Este tem sido um ano incrível. Trabalho, viagens, amores, cerveja, trabalho, correria, amor e muitos amigos. Tudo tem sido tão intenso que às vezes dá até medo.

Sentimento que surge principalmente em dias do nada. A pessoa (eu) está tão acostumada com o sangue nos zóio que não consegue sossegar o facho num fim de semana. A aflição e a ansiedade tomam conta, como se o dia tivesse sido desperdiçado. Como se não existisse.

Pura besteira. Um fim de semana dedicado aos estudos e aos livros. Terminei um, retomei outro e estou no primeiro terço da biografia incrível da Clarice Lispector.

Realmente acho que o meu grande problema é ficar sozinha, estar bem comigo mesma, na solidão dos meus pensamentos. Aqueles momentos em que pensar em si é tão difícil. É tão bom estar na companhia de alguém, muito melhor do que ficar pensando nos seus problemas, nas suas responsabilidades, na vida que começa amanhã novamente.

Não fomos feitos para ficarmos sozinhos. Precisamos aprender a conviver com a solidão. Por isso, dias do nada são importantes, além de fazer aquilo que o nome sugere, é bom para lembrar quem você é, caso tenha esquecido ou em processo de.

Ficar bem consigo mesma é o primeiro passo para tudo começar a dar certo. É hora de deixar coisas ruins de lado, pessoas que fazem mal, antigos vícios e pequenas atitudes corriqueiras do dia a dia que só nos puxam para baixo. Como aquela poesia tatuada na bunda de uma atriz qualquer que posou pelada: “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”. Grande Fernando Pessoa.

O Elo volta, assim como eu, que estava um pouco perdida.

Fazer nada em Miami, pode isso?

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PS: Era para o post ter entrado ontem, mas as minhas segundas estão bem movimentadinhas.