E para não dizer que não falei das flores, como eu soube do ataque às Torres Gêmeas? Naquela terça-feira meu pai me pegou na escola como sempre. Estava no segundo ano e ainda não sabia do acontecido, nem lembro se eu tinha celular na época. O pai me contou no carro, no caminho para casa. Na hora, eu confundi o Word Trade Center com o Empire Stade Building, pq não conseguia entender o que o pai estava falando. Até então eu não tinha ouvido falar nas Torres Gêmeas, não tinha a menor ideia que elas existiam, pelo menos conscientemente. Foi só quando cheguei em casa e vi tudo aquilo, aquelas cenas horríveis na televisão, que entendi o que estava acontecendo.
E aí? Bom, aí nada. Não me lembro de mais nada. Incrível como eu apago as coisas da minha memória. Não me lembro o que eu fiz depois, nem das homenagens nos anos seguintes. Passei despercebida pelos atentados. Claro que depois de adulta comecei a ver aquilo tudo com outros olhos, sua influência no nosso dia a dia, na literatura, no cinema e na vida de milhões de americanos e nas nossas, (in)diretamente.
Concordo que os ataques abalaram as estruturas (literalmente) de uma das maiores potências mundiais, e que até hoje, 10 anos depois, os EUA ainda não estão livres das consequências daquele dia. Assim como eu penso que durante décadas, países que estiveram (e estão) em guerra ficaram com a sombra de novos ataques. Acho as homenagens dignas e sei que tudo deve ser lembrado com respeito e dignidade, sem achar que esta batalha está ganha.
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PS: Para quem ainda não assistiu, fica a dica do documentário "O Equilibrista". Nele a história do louco da enchente que atravessou as Torres Gêmeas em cima de uma corda. Sensacional.