segunda-feira, 26 de abril de 2010

Razões que ela desconhecia

Leia ouvindo:
The Killers - For Reasons Unknown

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O dia amanheceu com uma grande expectativa. O último feriado antes do Natal estava recheado de planos. Levantou, tomou café e partiu para o trabalho. O dia ia ser corrido. Tudo aconteceu normalmente. O telefonema dele confirmando a viagem dela para o interior do estado ocorreu no horário de sempre. Durante a hora do almoço, ela voou até a rodoviária para comprar a passagem para aquele dia, às 18h. Como ela tinha imaginado, estava lotada de pessoas que como ela, iam visitar parentes, amigos ou amores.

Durante a tarde, a hora não passava, mas finalmente, o relógio bateu às 17h e ela pode ir embora. A tarde estava tão linda! A caminho do interior tirou fotos do crepúsculo do dia que estava terminando. A única coisa que a incomodava era o fato dele ainda não ter ligado, só tinham se falado pela manhã, mas isso não chegava a ser uma preocupação. Ela tinha enviado um e-mail para ele informando a hora da saída e a provável hora de chegada na rodoviária. Com certeza ele já tinha visto.

Deixou que o livro de contos que estava lendo a distraísse sua mente desses pensamentos. Tinha ido a livraria uns dias antes para comprar e autografar o livro de uma de suas cantoras preferidas, que agora se mostrava uma ótima escritora.

Então, começou a lembrar dos planos que eles tinham feito para o feriado prolongado. O carro novo na garagem trazia a espectativa de momentos românticos em algum vilarejo aos arredores da cidade natal dele. A compra do carro pelos dois mostrava um futuro lindo pela frente. Um futuro juntos, destinado um para o outro. Apesar de estarem namorando há apenas dois anos, parecia que eles já se conheciam durante a vida toda. Tudo era belo e especial.

Mas, por razões que ela desconhecia, ele não apareceu na rodoviária. Por razões que ela desconhecia, seu coração não bateria mais como bateu um dia. Por razões que ela desconhecia, seus lábios não beijariam mais como um dia. Por razões que ela desconhecia seus olhos não o reconheceriam novamente.

Por razões que ela ainda desconhecia, depois daquele dia de solidão na rodoviária, a espera de alguém que está para chegar, mas que não chegou, sua vida nunca mais seria a mesma.

PS: Ufa! Meu primeiro texto de ficção (ou não!) do Blog, espero que vocês gostem.

PS2: A foto é de uma trip para Floripa, tanto tempo atrás que eu quase nem me lembro mais.

3 comentários:

  1. Muito bem escrito, adorei...

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  2. Adorei o blog, o exercicio da ficção é sempre recompensador! Não deixe de escrever, estou acompanhando!
    E, ah, conta mais sobre o Cães Negros! Estou curiosa!!!
    Beijocas

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  3. Fala Puta!
    Essa história tem um problema! Não se sabe se a mocinha terá um final feliz!
    DE qualquer forma, fica de sugestão para o próximo texto!
    Beijos!

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