quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Até o dia que eu sonhei
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Entre luz e fusco
Leia ouvindo:
Echo and The Bunnymen - Lips Like Sugar
“Entre luz e fusco, tudo há de ser breve como esse instante. Nem durou muito nossa despedida, foi o mais que pôde, em casa dela, na sala de visitas, antes do acender de velas; aí é que nos despedimos de uma vez. Juramos novamente que havíamos de casar um com o outro, e não foi só o aperto de mão que selou o contrato, como no quintal, foi a conjunção de nossas bocas amorosas…”
Dom Casmurro – Machado de Assis – Pág 130 – Editora Globo.
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PS: (Re)lendo Dom Casmurro chego a duas conclusões: A) Capitu é uma das melhores personagens femininas da história da literatura mundial. B) Bentinho é o maior corno manso da literatura brasileira. Vale a leitura.
PS2: O trecho é a despedida dos protagonistas.
PS3: Ahhh, o fim de semana…
domingo, 8 de agosto de 2010
As árvores somos nozes
Leia ouvindo:
Cássia Eller – Todo o amor que houver nessa vida
Sempre morei na mesma casa, desde que eu nasci. Na verdade, morei uns anos fora, na tentativa dos meus pais de desbravar o interior do estado. Qndo voltamos para a capital, voltamos para a mesma casa, onde na época moravam os meus avós. Na sequência, eles mudaram para o sítio em Cândido de Abreu e aqui estamos, desde então.
Tenho lembranças ótimas minhas e do meus irmãos correndo pelas calçadas e desbravando o quintal. Naqueles tempos, tinha até tatu bola! E as árvores do vizinho já estavam lá. Desde épocas imemoráveis, segundo contava a minha avó.
As mini floresta começa logo que termina o nosso quintal, separado por um muro não muito alto. Lembro de criança olhar para aquelas árvores balançando e deixar a mente vagar… era tão legal! As folhas caindo, o barulho dos galhos, o cheiro do eucalipto…
Mas agora, o vizinho (que eu nunca soube quem é) resolveu cortar as árvores, como mostra a foto. Agora eu enxergo a casa dele. Agora o verde não preenche mais o espaço. Toda vez eu eu olhava pela janela da cozinha, dava com as árvores. Agora elas não existem mais. Ele está cortando uma a uma. Começou com uma araucária linda, no momento os coitados dos eucaliptos.
Que tristeza que me dá olhar pela janela e não ver mais as árvores que estão tão presentes em toda a minha vida. Olho e vejo um buraco, e a sensação é que esse buraco está em mim, como se na atitude do cara em cortar as árvores, cortasse um pedaço meu…
Minha mãe tenta justificar, falando que a mini floresta pode servir de mocó para ladrões, como já aconteceu. Prefiro que levem tudo, mas deixem as árvores. Todo o amor que houver nessa vida para elas, que agora estão mortas.
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PS: Feliz dia dos pais! Em especial para o seu Vitoldo, meu gato! =D
PS2: O erro no título é intencional. Para quem não conheçe, clique aqui.